quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CORTAR A ROTINA



 
A ROTINA

A alegria é a rotina do verão.
A ousadia é a rotina da invenção.
A brisa é a rotina da carícia.
A rotina da água é a delícia.
O encontro é a rotina da esquina.
A rotina dos olhos é a menina.
A sensação é a rotina do calor.
A rotina do corpo é o frescor.
A rima é a rotina da poesia.
A rotina da folga é o meio-dia.
A liberdade é a rotina de ser.
A rotina dos sentidos é o prazer.
A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O início é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
A rotina do jornal é o fato
A celebridade é a rotina do boato
A rotina da mão é o toque
A rotina da garganta é rock
O coração é rotina da batida
A rotina do equilíbrio é a medida
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele é o arrepio
A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança
Julieta é a rotina do queijo
A rotina da boca é o desejo
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem sua beleza

Texto extraído da Propaganda da Natura.

NATAL!!






 
 



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ESTRELA DE TANABATA

Era uma vez,uma única vez na história, no tempo da formação do Universo. O Soberano Celestial (Ten no Ô) ainda estava atarefado em confeccionar estrelas e dependurá-las no firmamento, para brilhar durante a noite. Também as nuvens ainda estavam sendo tecidas e esta tarefa cabia a bela filha do Soberano Celestial, a princesa Tanabata Tsume. Ela sabia como ninguém fazer as mais tênues tramas de tecido e justamente por isso, era conhecida como Orihime, a princesa tecelã.
Dia após dia ela trabalhava sem parar em seu tear. Dele saiam tecidos tão leves e diáfanos, tão finos e maleáveis, que seu pai os pendurava no céu entre as estrelas, por vezes deixando-os cair em pregas até quase tocarem a Terra. Hoje damos a estes tecidos o nome de nuvem, névoa e cortina de nevoeiro, conforme a densidade.
Inteiramente absorvido pela tarefa de formar o céu, o Soberano Celestial orgulhava-se muito da habilidade da filha e a ajuda de Orihime era muito valiosa.
Porém um dia, ele percebeu que a Princesa Tecelã estava pálida e disse:
- Filha, tens trabalhado tanto que bem mereces um pouco de descanso. Hoje está dispensada de tecer e pode folgar o dia inteiro. Aproveite para visitar o Amanogawa. Mas não se esqueça de voltar ao trabalho amanhã, pois, ainda necessito de delicadas cortinas de nevoeiro para as manhãs de primavera e porção de nuvens brancas para o verão.
Orihimi sentiu-se muito feliz. Há muito tempo desejava caminhar descalça em Amanogawa - o rio celeste, conhecido no sul da margem oposta (Brasil) como Via Láctea, e divertiu-se despreocupadamente. Mas até então, não lhe sobrava tempo para isso.
A Princesa Tecelã vestiu seu mais belo kimonoe, correu dançando por entre as estelas do Rio Celeste.No meio da Via Láctea avistou, no meio da correnteza estrelar, um belo jovem com chapéu de caipira, banhando um boi.
- Quem é você, ó bela donzela? Perguntou o jovem vaqueiro.
- Sou a estrela Tanabata Tsume, filha de Ten o Ô, o Soberano Celestial, mas me chama de Orihime,a Princesa Tecelã. Respondeu ela. Também sou conhecida no Hemisfério Sul da Via Láctea com o nome de estrela Vegas.
- Meu nome estrelar é Altair, o vaqueiro, mas no Extremo Oriente da Via Láctea me chamam de Hikoboshi - se apresentou o pastor de gado.
Daquele encontro casual começou a brotar um sentimento de felicidade, nunca antes sentido por Orihime. Os jovens se divertiram muito, brincando de pega-pega, rindo e correndo no Rio Celeste.  Depois a convite do Vaqueiro, Orihime concordou em visitar a casa dele.
Hikoboshi ajudou a princesa montar no boi, e conduziu-a através da Via Láctea em direção ao Hemisfério Sul, seu lar. Lá chegando, se divertiram muito dançando juntos no prato celeste. Tamanha era a felicidade da princesa que esqueceu completamente as recomendações do pai e os dias se passaram.
Preocupado com a demora da filha, o Soberano Celestial ficou desesperado.Chamou uma garça e mandou fazer uma busca ,encarregando-a de dizer a princesa que voltasse o mais depressa possível ao Palácio Celeste. A garça avistou a princesa dançando na margem oposta da Via Láctea e deu-lhe o recado. Porém, Orihime, estava tão feliz, divertindo-se como nunca que não deu ouvidos ao pássaro mensageiro.
Cansado de esperar e muito zangado pela desobediência da filha, o Soberano Celeste foi buscá-la pessoalmente:
- Não destes ouvidos as minhas palavras!- disse o deus do espaço celeste - olha o céu! Ainda falta muito trabalho a ser feito e ficas aí com namoricos quando precisamos de nuvens, névoas e cortinas de nevoeiro. Portanto, não poderei mais dispensá-la do trabalho.Tens que voltar ao palácio e continuar a tecer.
E o Soberano Celeste despejou grande volume de água estrelar no Rio Celeste. Então a Via Láctea que era um lago, porém, raso que se podia atravessar a pé, foi transformado em um rio caudaloso, tantas eram as águas de estrelas que a divinddade celeste havia despejado.
Como a princesa Tanabata e o vaqueiro Altair moravam em margens opostas do Rio Celeste, ou seja, hemisférios opostos da Via Láctea, não havia meio de se encontrarem mesmo às escondidas. Portanto, a princesa voltou melancolicamente junto ao tear no Palácio celeste. Porém, sentia-se tão solitária e com tanta saudade de Altair, que não conseguia mais tecer. Ficava apenas sentada e chorando incessantemente. Ela havia descoberto que era mais feliz no pobre casebre rural do vaqueiro do que no suntuoso palácio de seu divino pai.
No hemisfério sul, a estrela Vaqueiro Altair, também morria de saudades e passava o dia tocando a sua sanfona e cantando:
"Olé,mulher rendeira,Olé,mulher rendá...Tu me ensina a fazer renda,que eu te ensino a namorar..."
O vento levava a canção até ao Palácio Celeste, que aumentava a saudade da princesa. De tanto chorar, as nuvens que restavam no céu, desmancharam em forma de lágrimas e depencaram na terra em forma de chuva.
O Soberano Celestial ficou desesperado porque com o volume de chuva caindo, iniciaram-se as inundações na Terra, enquanto que no céu as nuvens foram desaparecendo. Então ele procurou afilha e disse:
- Por favor minha princesinha, pare de chorar. Necessitamos tanto de nuvens, névoa e cortinas de nevoeiro para manter o equilíbrio da natureza. Por outro lado, se você continuar chorando vai causar um dilúvio universal e não restará um só vivente na terra para contar a história.Vamos fazer um acordo e acabar com essa greve .Você volta a tecer com diligência e eu te concedo um dia livre por ano para ver o vaqueiro celeste.
Tais palavras devolveram a alegria à princesa e ela retornou com entusiasmo ao trabalho. E desde então nunca mais parou de tecer.
Mesmo sabendo que no futuro a princesa poderia requerer mais dias de folga, o Soberano Celeste cumpriu fielmente sua promessa. Uma vez por ano, na semana dos imigrantes japoneses, ele envia mil garças(senba tsuru) para o rio Celeste. Com suas asas,elas formam uma ponte sobre as águas estrelares profundas.
Trajando um rico kimono,Orihime atravessa a ponte das Mil Garças e corre alegremente para a margem oposta ao encontro do seu amor Altair, o fiel vaqueiro, que a aguarda ansiosamente.
Ambos se sentem radiantes por poderem ficar juntos durante um dia e uma noite. Dizem que um dia estrelar equivale a uma eternidade terrestre. Por isso o amor dos dois é eterno.....
(Texto de Cláudio Seto)

FÁBULA DO CUIDADO

(original de Leonardo Boff com adaptação de Marie Thérèse Pfyffer)

No início dos tempos , quando tudo era apenas uma noite e dessa noite nasceu
GAIA, surgiram de Gaia, dia e noite, nascente e poente, lua e sol, a aurora, as montanhas e os rios, o grande mar e as areias.
Nesses tempos imemoriais um ser de luz de nome Cuidado passeava ao longo de um
rio quando percebeu que nas suas margens havia barro. Sentou-se e pegou o barro nas mãos e o sentiu. Sentiu que o barro se moldava às suas mãos com suavidade, que era frio e úmido. Sem pressa começou a dar forma àquela matéria informe que era apenas parte das margens do rio. Olhava orgulhoso e feliz aquela forma em suas mãos, quando percebeu que tinha feito uma lindíssima criatura. Nesse momento Cuidado viu Júpiter passando por perto chamou-o e mostrou a sua bela obra, pedindo-lhe que desse a ela a vida, soprando-lhe o espírito. Júpiter atendeu prontamente, tomou a forma e com seu poderoso sopro encheu-lhe do espírito vivo. Cuidado vendo sua forma viva resolveu dar a ela um nome, pois tudo que existe em Gaia precisa ser nomeado. Mas Júpiter nesse momento disse que a ele caberia dar o nome, pois ele é que tinha dado vida à criatura. Gaia ouvindo-os protestou. Afinal a criatura tinha sido feita do seu corpo, feita de barro, da terra úmida. A discussão foi generalizada, todos tinham suas razões, todos argumentavam e pareciam estar certos.
Quando perceberam que não chegariam a parte alguma resolveram buscar o auxílio
do sábio Saturno, que veio como mediador e depois de estudar bem o que havia acontecido proferiu a decisão. Júpiter, você lhe deu o espírito. Portanto, quando essa criatura morrer você receberá essa criatura de volta. Você Gaia, você deu o corpo, quando ela morrer você a terá de volta e ela voltará a ser barro e a te pertencer. Mas a você Cuidado, que tomou nas mãos o barro e com a arte de suas mãos transformou a terra em criatura, a você caberá cuidar dela durante todo o tempo que viver. O nome dou eu agora, e seu nome será Homem, isto é aquele que foi feito do HUMUS, terra fértil.
Cuidado - essência da natureza humana.
É sobre essa matéria delicada – Homem -, a vida e o cuidar da vida que preciamos refletir em nossos dias.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MÚSICA DA VEZ!!!


Acaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaabaaaaaaaaaaaaaaa 2009!!!!!!

Arteterapia

 MUNDO (Eduardo Galeano)

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir ao céu. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.

- O mundo é isso - revelou. - Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.


O QUE FAZ VOCÊ FELIZ?

A lua, a praia, o mar
Uma rua, passear
Um doce, uma dança, um beijo
Ou goiabada com queijo
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde
Arroz com feijão, matar a saudade
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a sede
Ler ou viver um romance
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir a toa
Um pássaro, um parque, um chafariz
Ou será o choro que te faz feliz?
A pausa para pensar
Sentir o vento, esquecer o tempo
O céu, o sol, um som
A pessoa, ou o lugar?
Agora me diz o que faz você feliz?
O que faz você feliz?
Aquela comida caseira
Arroz com feijão, brincar a tarde inteira
O molho do macarrão
Ou é o cheiro da cebola fritando que faz você feliz?
O papo com a vizinha
O bife, a batatinha
A goiabada com queijo
Um doce ou um desejo
Afinal, o que faz você feliz?
O que faz você feliz?
Ficar de bobeira
Assaltar a geladeira
Comer frango com a mão
Tomar água na garrafa
Passar azeite no pão
Ou é namorar a noite inteira que faz você feliz?
Rir e brindar à toa
Um filme, uma conversa boa
Fazer um dia normal virar uma noite especial
Afinal, o que faz você feliz?
O que faz você feliz?
Comer morango com a mão
Pôr açúcar no abacate
Brincar com o melão
Goiaba, romã, jabuticaba
Ou é o gostinho de infância que te faz feliz?
Cuspir sementes de melancia
Falar besteira
Ficar sem fazer nada
Plantar bananeira
Ou comer banana amassada
Afinal, o que faz você feliz?

Texto extraído do Comercial do Pão de Açúcar.


Me fez muito feliz!!!!




Quadrados mágicos!!!



– ACORDAR (autor desconhecido)

Você sabe o que significa a palavra “acordar”?
Vamos fazer uma brincadeira e separar em sílabas a palavra acordar: A-cor-dar.
Viu? Significa dar a cor, colocar o coração em tudo que faz.
Existem pessoas que acordam às 6 horas da tarde. É isso mesmo!
Pela manhã caem da cama, são jogadas da cama, mas passam o dia todo dormindo.
E existem alguns, acredite que passam à vida toda e não conseguem acordar.
Eu tive um amigo que acordou aos 54 anos de idade. E
le me disse: Descobri que estou na profissão errada!
E ele já estava se aposentando.
Imagine o trauma que esse amigo criou para si, para os colegas de trabalho, para a sua família!
Foi infeliz durante toda a sua vida profissional porque simplesmente “não acordou”.
Eu, na época, era muito jovem, mas compreendi bem o que ele estava me ensinando naquele momento.
Por mais cinzento que possa estar sendo o dia de hoje, ele tem exatamente a cor que dou a ele.
Sabe por quê?Porque a vida tem a cor que “a gente pinta”
O engraçado é que os dias são todos exclusivos.
Cada dia é um novo dia, ninguém o viveu.
Ele está ali, esperando que eu e você façamos com que ele seja o melhor da nossa vida.
Os meus dias são os mais lindos da face da terra porque eu os faço os mais lindos da face da terra.
Dê a você a oportunidade de “a-cor-dar” todos os dias e compartilhar com os outros o que Deus nos dá de melhor: O privilégio de fazer os outros felizes!



Fitas de boas intenções!!!!