quarta-feira, 26 de outubro de 2011

RETORNO

Blogs, twitter, facebook, orkut, hotmail, gmail, yahoo...
...vida real...mudei de canal...
Mudanças de hábitos, leituras...lugar das coisas, coisas de lugar.
Reorganizando, mudando, consertando...
Conhecendo novos ares, viajando.
Mesmo que algumas das viagens sejam no pensamento... pensando.

♫ ♪ ♫ ♪ ♫ ♪ ♫

O que seria da tua beleza
se eu fechasse os meus olhos para você?
Do que adiantaria essa tua ideologia
se a tua própria liberdade se transformasse em opressão?

Escute o meu silêncio

Talvez você não tenha percebido
que eu te quis também
Se ao menos eu pudesse te mostrar
que o inferno são os outros

Você não quis me escutar
e o tempo não parou

Vou sair pra ver o sol
Vou mentir e dizer que não sou feliz
Vou sair pra ver o sol
Deixo a porta aberta se quiser voltar
mas saiba que eu também consigo viver só

A solidão quem me ensinou a ser mais forte
E a qualquer lugar eu vou sem medo

Você não quis me escutar
e o tempo não parou.

O Inferno são os outros
Detonautas

terça-feira, 11 de outubro de 2011

IMPRESSÃO

Desde 1992 (primeira vez que registrei na memória), muitas pessoas que conversam comigo, geralmente na primeira vez, ou nas primeiras, me falam: "tenho a impressão de que te conheço de algum lugar".  Em sequência duas opções:
- Perguntam onde moro, trabalho e tals, com o intuito de tentar lembrarem de onde me conhecem.
- Comentam que falo, tenho as mesmas expressões, cheiro, sorriso e pareço-me com a madrinha, tia, prima...e assim segue a lista.
Houve épocas que começou me perturbar e comentei que devo ser "muito comum", pois, onde vou me pareço com alguém do mercado, da loja, do Mato Grosso, do RS...
Hoje levo na esportiva e digo que já trabalhei na novela das 21h. 
Quando aconteceu pela última vez? Sexta-feira, 07.10.2011.
A maior curiosidade? Marido me confundiu com a esposa e estranhou eu não ir no carro com ele...em 2004.
Hoje ouvi a Twitcam que acontece dia 11 de cada mês, ouvi esta música e lembrei dos fatos acima.
by Monaliza


OUTROS TEMPOS


quando te vi
tive a impressão de que não era a primeira vez
quando te vi
tive certeza de que não seria a última vez
não, não seria a última vez
?quem vem lá? quem será?
que passa como um filme
na fumaça de um bar
?quem vem lá? quem será?
que vai me salvar a vida outra vez
vai fazer de novo o que nunca fez
os tempos são outros
os erros, os mesmos
me diz como é que eu faço
me diz como é que eu posso
te encontrar mais uma vez
os tempos são outros
os erros, os mesmos
me diz como é que eu faço
me diz como é que eu posso
te encontrar
mais uma vez pela primeira vez

HG

domingo, 9 de outubro de 2011

VISCONDE

Quando comecei a escrever O visconde partido ao meio, queria sobretudo escrever uma história divertida para divertir a mim mesmo, e possivelmente para divertir os outros; tinha essa imagem de um homem cortado em dois e pensei que o tema do homem cortado em dois, do homem partido ao meio fosse um tema significativo, tivesse um significado contemporâneo: todos nos sentimos de algum modo incompletos, todos realizamos uma parte de nós mesmos e não a outra.
[...] Que depois, num certo ponto, se descobrisse, ao contrário, um visconde absolutamente bom no lugar do mau [...] que estas duas metades, a boa e amá, fossem da mesma forma insuportáveis era um feito cômico e ao mesmo tempo significativo, porque às vezes os bons, as pessoas demasiado programaticamente boas e cheias de intenções, são uns chatos terríveis.


(Ítalo Calvino, O visconde partido ao meio, p. 5-6)