quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A AUTO-ESTIMA E A EDUCAÇÃO.

No texto “A afetividade e a auto-estima na relação pedagógica”, Moran coloca que as escolas estão preocupadas com o conhecimento intelectual e que hoje tão importante quanto às ideias é o equilíbrio emocional.
Frente ao texto quero dizer que acredito que se faz urgente um pensar a respeito do que está sendo trabalhado em nossas escolas e principalmente quanto à necessidade de se repensar e desenvolver atividades que promovam a auto-estima dos alunos.
A auto-estima é uma dimensão do ser humano e está direta ou indiretamente relacionada ao sucesso ou insucesso das pessoas. O equilíbrio emocional faz-se necessário para um viver bem. Isto reflete diretamente nas escolas, onde atualmente temos pecado muito no que diz respeito ao trabalhar com a auto-estima do aluno, do professor bem como todos os gestores escolares.
É uma tarefa complexa, mesmo que não tenhamos consciência disso, só aprendemos e compreendemos aquilo que nos interessa, que nos envolve, que nos apaixona e não somente o que necessitamos aprender para atender exigências do professor, do patrão, dos pais, ou da sociedade em geral.
Isso porque uma auto-estima bem definida é instrumento precioso para aprender e ensinar. Toda pessoa desenvolve uma boa auto-estima à medida que é reconhecida como pessoa única, singular, com necessidades educacionais específicas.
Para tanto, é fundamental promover espaço, tempo e atividades que contribuam com este desenvolvimento nas nossas escolas. Atividades estas que podem ser desenvolvidas pelos educadores, gestores escolares, assim como amigos e familiares.
Porém, sabendo da realidade escolar onde através de pesquisas realizadas, comprovou-se que 70% dos educadores da rede pública estadual estão “doentes”, creio que é necessário primeiramente desenvolver atividades com estes, a fim de fortalecer sua autoconfiança o que em conseqüência resultará em pessoas mais confiantes e felizes, capazes de enfrentar as angústias do dia-a-dia e capazes de desenvolver atividades de auto-estima com seus educandos.
Com o fortalecimento da auto-estima de ambos, o relacionamento educador-educando terá um vínculo afetivo facilitador para o processo de ensino aprendizagem, pois, pela criação de um forte vínculo afetivo, o aluno não se sentirá sozinho, facilitando, assim, seu aprendizado.
Certamente o clima criado será de prazer, acolhimento, alegria, companheirismo, ou seja, prazerosamente o conteúdo será apresentado, as dificuldades serão percebidas e acolhidas como parte do processo, auxiliando-a, desta forma, na superação das dificuldades.
Quero aqui registrar que, como conhecedora da Arteterapia, vejo nesta, através das suas diferentes modalidades, uma possibilidade de atividades para serem desenvolvidas junto dos educadores e gestores, e posteriormente aos educandos.